Saúde canina: Guia completo para manter seu pet saudável e feliz

Manter um cachorro saudável vai muito além de apenas dar ração e água. A saúde canina envolve uma série de cuidados preventivos, desde a escolha da alimentação adequada até consultas veterinárias regulares. Como qualquer bom tutor de pet sabe, prevenir é sempre melhor que remediar – e isso vale ouro quando falamos dos nossos companheiros de quatro patas.
Este guia completo vai te transformar num expert em saúde canina, cobrindo desde os sinais vitais básicos até emergências que podem salvar a vida do seu peludo. Você vai descobrir como identificar problemas precocemente, quais cuidados são essenciais para cada idade e como criar um ambiente seguro para seu melhor amigo.
Quer garantir que seu cachorro tenha uma vida longa e saudável? Continue lendo e descubra todos os segredos da saúde canina!

Fundamentos da saúde canina: o que todo tutor precisa saber

A base da saúde canina está na observação diária e no conhecimento dos parâmetros normais do seu pet. Cada cachorro é único, mas existem indicadores universais que todo tutor deve conhecer. Saber o que é normal para seu peludo facilita a identificação de qualquer mudança que possa indicar problemas de saúde, permitindo intervenções precoces e tratamentos mais eficazes.

Sinais vitais do cachorro saudável

Um cão saudável apresenta características físicas e comportamentais específicas que servem como termômetro da sua condição geral. A temperatura corporal normal varia entre 38°C e 39,2°C, enquanto a frequência cardíaca oscila entre 60 a 140 batimentos por minuto, dependendo do porte do animal. Cães pequenos tendem a ter batimentos mais acelerados que os grandões.
Indicadores de um cachorro saudável:

• Olhos brilhantes e sem secreção excessiva;
• Nariz úmido e fresco (não necessariamente frio);
• Gengivas rosadas ou pigmentadas, firmes ao toque;
• Pelagem brilhante e sem áreas descamando;
• Apetite normal e sede adequada;
• Energia compatível com a idade e raça;
• Fezes consistentes e urina amarelo-clara;
• Respiração regular sem esforço.

Como identificar problemas de saúde precocemente

A detecção precoce de problemas de saúde pode ser a diferença entre um tratamento simples e uma condição grave. Mudanças sutis no comportamento, apetite ou rotina do seu cachorro são frequentemente os primeiros sinais de que algo não vai bem. Por isso, conhecer intimamente os hábitos do seu peludo é fundamental.
Fique atento a alterações como recusa alimentar por mais de 24 horas, mudanças na frequência urinária, letargia inexplicada, vômitos ou diarreias persistentes. Sinais como respiração ofegante sem motivo aparente, claudicação, inchaços ou nódulos também merecem atenção veterinária imediata. Lembre-se: os cães são mestres em esconder desconforto, então qualquer mudança no padrão comportamental deve ser levada a sério.

Diferenças na saúde por idade: filhote, adulto e sênior

As necessidades de saúde canina variam drasticamente conforme a idade do animal. Filhotes precisam de cuidados intensivos com vacinação e vermifugação, enquanto cães seniores demandam atenção especial para problemas articulares e cardíacos. Conhecer essas diferenças permite ajustar os cuidados conforme seu pet envelhece.

Raças e predisposições genéticas

Cada raça canina carrega características genéticas específicas que influenciam diretamente na saúde do animal. Conhecer as predisposições da raça do seu pet permite um cuidado mais direcionado e preventivo. Por exemplo, cães de focinho achatado têm tendência a problemas respiratórios, enquanto raças grandes são mais propensas a displasia de quadril.

Alimentação e nutrição canina: a base da saúde

A alimentação representa o pilar fundamental da saúde canina, influenciando desde a qualidade da pelagem até a longevidade do animal. Uma nutrição adequada fortalece o sistema imunológico, mantém o peso ideal e previne diversas doenças. Investir numa alimentação de qualidade é investir na saúde e bem-estar do seu companheiro de quatro patas.

Escolhendo a ração ideal para seu cachorro

A escolha da ração ideal vai muito além do preço ou da marca mais famosa do petshop. Fatores como idade, porte, nível de atividade e condições de saúde específicas devem nortear essa decisão. Rações super premium oferecem ingredientes de maior qualidade e digestibilidade, resultando em melhor aproveitamento nutricional e menor volume de fezes.
Leia sempre o rótulo e priorize alimentos que listem proteína animal como primeiro ingrediente. Evite rações com excesso de corantes, conservantes artificiais ou subprodutos não identificados. Para filhotes, escolha formulações específicas para crescimento; para seniores, opte por versões com menor teor calórico e suplementação articular. Quando precisar trocar a ração, faça a transição gradualmente durante 7 a 10 dias para evitar distúrbios digestivos.

Suplementação: quando é necessária

A suplementação canina deve ser sempre orientada por um veterinário, pois cães alimentados com ração de qualidade geralmente recebem todos os nutrientes necessários. Situações específicas como cães seniores com problemas articulares, animais em recuperação ou fêmeas gestantes podem se beneficiar de suplementos direcionados. Suplementos de ômega-3, glucosamina e condroitina são os mais comumente prescritos, sempre respeitando dosagens específicas para evitar intoxicações.

Alimentos proibidos e tóxicos para cães

Muitos alimentos seguros para humanos são extremamente tóxicos para cães e podem causar desde desconforto gastrointestinal até morte. O chocolate é o vilão mais conhecido, mas a lista é extensa e todo tutor responsável deve conhecê-la de cor. A gravidade da intoxicação varia conforme o peso do animal e a quantidade ingerida.
Alimentos perigosos para cães:

• Chocolate (especialmente amargo);
• Uva e uva-passa;
• Cebola e alho;
• Abacate;
• Nozes e macadâmia;
• Adoçantes com xilitol;
• Cafeína;
• Álcool;
• Ossos cozidos;
• Massa de pão crua.

Controle de peso e obesidade canina

A obesidade canina é uma epidemia silenciosa que afeta mais de 50% dos cães domésticos, reduzindo significativamente a qualidade e expectativa de vida dos animais. O excesso de peso sobrecarrega articulações, coração e outros órgãos vitais, predispondo a diabetes, problemas cardíacos e respiratórios. O controle deve envolver ajuste na alimentação e aumento da atividade física, sempre com supervisão veterinária para estabelecer metas realistas e seguras.

Hidratação adequada

A água fresca e limpa deve estar sempre disponível para seu cachorro, sendo trocada diariamente para manter a qualidade. Um cão adulto precisa de aproximadamente 50-100ml de água por quilograma de peso corporal por dia, quantidade que aumenta em dias quentes ou após exercícios intensos. Monitore o consumo hídrico do seu pet – tanto a sede excessiva quanto a falta de interesse pela água podem indicar problemas de saúde que merecem investigação veterinária.

Cuidados preventivos essenciais

A medicina preventiva veterinária é o investimento mais inteligente que um tutor pode fazer na saúde do seu cachorro. Prevenir doenças é mais eficaz, menos traumático e muito mais econômico que tratá-las quando já estão estabelecidas. Um programa preventivo bem estruturado inclui vacinação, vermifugação, controle de ectoparasitas e procedimentos cirúrgicos como castração.

Programa de vacinação canina

As vacinas caninas protegem contra doenças graves e potencialmente fatais, sendo obrigatórias por lei em muitas localidades. O protocolo vacinal começa entre 6-8 semanas de idade com múltiplas doses para garantir imunidade adequada. As vacinas essenciais (core) protegem contra cinomose, hepatite, parvovirose, parainfluenza e raiva.
Além das vacinas obrigatórias, existem as opcionais (non-core) que devem ser avaliadas conforme o estilo de vida do animal. Cães que frequentam hotéis para pets, parques ou praias podem se beneficiar da vacina contra tosse dos canis, giardíase ou leishmaniose. Manter o calendário vacinal em dia é responsabilidade de todo tutor consciente e pode significar a diferença entre vida e morte para seu peludo.

Vermifugação e controle de parasitas

Os parasitas internos são inimigos invisíveis que podem causar desde desconforto intestinal até anemia grave e morte. A vermifugação regular é essencial mesmo para cães que vivem em apartamento, pois ovos de parasitas podem ser carregados em sapatos, roupas ou outros animais. Filhotes devem ser vermifugados a partir das 2 semanas de idade, com repetições conforme orientação veterinária.

Prevenção de pulgas e carrapatos

Pulgas e carrapatos não são apenas incômodos – são vetores de doenças graves como erliquiose, babesiose e doença de Lyme. A prevenção deve ser contínua, mesmo durante o inverno, pois esses parasitas podem sobreviver em ambientes aquecidos. A escolha do método preventivo deve considerar a eficácia, segurança e praticidade para o tutor.
Métodos de prevenção disponíveis:

• Coleiras repelentes (duração de 6-8 meses);
• Pipetas spot-on (aplicação mensal);
• Comprimidos mastigáveis (proteção de 1-3 meses);
• Sprays repelentes (proteção temporária);
• Shampoos medicamentosos (uso ocasional);
• Ambiente: controle com produtos específicos.

Castração e esterilização

A castração oferece benefícios que vão muito além do controle populacional, incluindo prevenção de tumores reprodutivos, redução de comportamentos indesejados e diminuição do risco de fugas. Fêmeas castradas antes do primeiro cio têm risco quase nulo de desenvolver câncer de mama, enquanto machos castrados não desenvolvem câncer testicular e têm menor incidência de problemas prostáticos.

Higiene e cuidados corporais

A higiene corporal adequada é fundamental para manter a saúde e o bem-estar do seu cachorro. Cuidados regulares com pelagem, dentes, ouvidos e unhas previnem infecções, desconfortos e problemas mais graves. Estabelecer uma rotina de higiene desde filhote facilita a manipulação e torna esses momentos prazerosos para ambos.

Escovação de pelos e cuidados com a pelagem

A escovação regular remove pelos mortos, distribui óleos naturais da pele e permite identificar precocemente problemas como parasitas, feridas ou alterações cutâneas. Cães de pelo longo precisam de escovação diária para evitar nós, enquanto os de pelo curto podem ser escovados 2-3 vezes por semana. Use escovas adequadas ao tipo de pelagem e transforme esse momento numa sessão de carinho e vínculo com seu pet.

Higiene dental: escovação e produtos específicos

A saúde bucal canina é frequentemente negligenciada, mas problemas dentários podem levar a infecções sistêmicas graves. A escovação dental deve ser diária ou, no mínimo, três vezes por semana, usando pasta específica para cães (nunca use pasta humana). Comece gradualmente, apenas tocando os dentes com o dedo, progredindo para dedeira e finalmente para escova.
Além da escovação, existem alternativas como ossos recreativos, brinquedos dentários e rações específicas que ajudam na limpeza mecânica dos dentes. Sinais como mau hálito persistente, sangramento gengival, dificuldade para mastigar ou pawing (passar a pata na boca) indicam necessidade de avaliação veterinária. A prevenção é sempre mais simples e barata que tratamentos dentários complexos.

Limpeza de ouvidos e prevenção de otites

A limpeza regular dos ouvidos previne acúmulo de cera, umidade e proliferação de bactérias e fungos que causam otites. Use sempre produtos específicos para limpeza auricular canina, nunca hastes flexíveis que podem empurrar a sujeira para dentro do canal. Cães com orelhas caídas ou muito peludas precisam de atenção especial, pois a ventilação reduzida favorece infecções.

Corte de unhas e cuidados com as patas

Unhas muito crescidas podem causar desconforto, alterações na pisada e até ferimentos quando enroscam em tecidos. O corte deve ser feito quinzenalmente ou quando as unhas tocam o chão durante a caminhada. Use alicates específicos para cães e corte apenas a parte branca da unha, evitando a região rosada (polpa) que contém vasos sanguíneos e nervos.

Banho: frequência e produtos adequados

A frequência do banho varia conforme o tipo de pelagem, estilo de vida e condições dermatológicas do animal. Banhos excessivos podem ressecar a pele e remover óleos protetores naturais, enquanto a falta de higiene pode causar odores e problemas cutâneos. Use sempre produtos específicos para cães, com pH adequado para a pele canina.

Exercícios e bem-estar mental

O exercício físico e a estimulação mental são pilares fundamentais da saúde canina, influenciando desde o comportamento até a longevidade do animal. Cães sub-exercitados desenvolvem problemas comportamentais, obesidade e podem apresentar estereotipias destrutivas. A atividade adequada fortalece músculos, mantém articulações saudáveis e promove equilíbrio emocional.

Atividades físicas por porte e idade

As necessidades de exercício variam drasticamente entre raças, portes e idades. Cães de trabalho como Border Collies precisam de atividades intensas e prolongadas, enquanto Bulldogs se contentam com caminhadas curtas. Filhotes têm energia em rajadas mas se cansam rapidamente, enquanto cães seniores precisam de exercícios mais suaves e controlados.
Recomendações por porte:

• Porte pequeno: 20-30 minutos de caminhada, brincadeiras em casa;
• Porte médio: 45-60 minutos de atividade, incluindo corrida;
• Porte grande: 60-90 minutos de exercício variado;
• Porte gigante: Exercício moderado, evitar impacto excessivo;
• Filhotes: 5 minutos por mês de idade, duas vezes ao dia;
• Seniores: Caminhadas curtas e frequentes, natação.

Estimulação mental e enriquecimento ambiental

A mente canina precisa de desafios tanto quanto o corpo precisa de exercício. Brinquedos interativos, jogos de busca, treinamento de truques e quebra-cabeças alimentares mantêm o cérebro ativo e previnem tédio destrutivo. Cães inteligentes e ativos são especialmente beneficiados por atividades que combinam exercício físico com desafio mental.

Socialização e comportamento saudável

A socialização adequada durante o período crítico (3-16 semanas) determina como o cão se relacionará com outros animais, pessoas e ambientes pelo resto da vida. Exposição positiva a diferentes estímulos cria adultos confiantes e equilibrados. Mesmo cães adultos se beneficiam de experiências sociais controladas e positivas.

Manejo do estresse e ansiedade

O estresse canino pode se manifestar através de comportamentos destrutivos, vocalização excessiva, eliminação inadequada ou sintomas físicos como perda de apetite e distúrbios gastrointestinais. Identificar os gatilhos do estresse é o primeiro passo para o manejo adequado. Mudanças na rotina, ruídos altos, solidão prolongada e falta de exercício são causas comuns.
Técnicas de manejo incluem dessensibilização gradual aos estímulos estressantes, criação de ambientes seguros, uso de feromonios sintéticos e, em casos graves, medicação prescrita pelo veterinário. A ansiedade de separação é particularmente comum e requer abordagem específica com treinamento gradual e modificação ambiental. Nunca ignore sinais de estresse – cães cronicamente estressados desenvolvem problemas de saúde física e mental.

Consultas veterinárias e check-ups

O acompanhamento veterinário regular é o alicerce da medicina preventiva canina. Consultas de rotina permitem detectar problemas em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz e menos invasivo. Estabelecer uma relação de confiança com um veterinário competente é um dos melhores investimentos na saúde do seu pet.

Frequência ideal de consultas

A frequência das consultas veterinárias varia conforme a idade e condição de saúde do animal. Filhotes precisam de acompanhamento mensal até completarem o protocolo vacinal, enquanto adultos saudáveis podem ser avaliados anualmente. Cães seniores ou com condições crônicas se beneficiam de consultas semestrais para monitoramento mais próximo.

Exames de rotina e quando fazê-los

Os exames laboratoriais e de imagem complementam o exame clínico e podem revelar alterações antes que sintomas apareçam. O hemograma detecta anemias, infecções e problemas hematológicos, enquanto exames bioquímicos avaliam função hepática, renal e metabólica. Raios-X podem identificar problemas articulares ou cardíacos em estágios iniciais.
Cronograma de exames recomendados:

• Hemograma completo: anual em adultos, semestral em seniores;
• Bioquímica sérica: anual para avaliação orgânica geral;
• Urinálise: detecção precoce de problemas renais e urinários;
• Parasitológico de fezes: semestral ou conforme exposição;
• Eletrocardiograma: avaliação cardíaca em cães de risco;
• Radiografias: conforme indicação clínica ou screening de displasias.

Como preparar seu pet para a consulta

Uma boa preparação facilita o exame veterinário e reduz o estresse do animal. Mantenha jejum de 8-12 horas se exames laboratoriais forem programados, mas permita acesso livre à água. Leve uma amostra fresca de fezes se solicitado e anote previamente dúvidas e observações sobre o comportamento do seu pet.

Emergências: quando correr para o veterinário

Saber reconhecer emergências veterinárias pode salvar a vida do seu cachorro. Algumas situações exigem atendimento imediato, enquanto outras podem aguardar consulta de rotina. Na dúvida, sempre prefira pecar pelo excesso de cuidado – veterinários preferem avaliar um falso alarme a receber um caso grave em estágio avançado.
Sinais de emergência veterinária:

• Dificuldade respiratória severa;
• Convulsões ou perda de consciência;
• Vômito persistente com sangue;
• Abdômen distendido e endurecido;
• Temperatura superior a 40°C ou inferior a 37°C;
• Mucosas pálidas ou azuladas;
• Trauma com sangramento ativo;
• Sinais de dor intensa;
• Tentativas improdutivas de vomitar;
• Paralisia súbita.

Problemas de saúde mais comuns em cães

Conhecer as doenças mais frequentes na espécie canina permite reconhecer sintomas precocemente e buscar tratamento adequado. Embora cada raça tenha predisposições específicas, alguns problemas são universais e afetam cães de todos os portes e idades. A informação é a melhor ferramenta de prevenção disponível para tutores conscientes.

Doenças de pele e alergias

As dermatopatias representam uma das principais causas de consulta veterinária, manifestando-se através de coceira, vermelhidão, descamação ou feridas. Alergias alimentares, dermatite atópica, infecções bacterianas e fúngicas são as mais comuns. O diagnóstico correto requer avaliação profissional, pois diferentes condições podem apresentar sintomas similares.

Problemas gastrointestinais

Distúrbios digestivos variam desde indiscrições alimentares simples até doenças inflamatórias crônicas. Vômitos e diarreias ocasionais são relativamente normais, mas sintomas persistentes ou acompanhados de sangue, mucosidade ou dor abdominal requerem investigação. A dieta inadequada, estresse e parasitas são causas frequentes de problemas gastrointestinais.

Doenças articulares e ortopédicas

Problemas ortopédicos afetam especialmente cães de grande porte e seniores, mas podem ocorrer em qualquer idade. A detecção precoce através de claudicação, rigidez ou relutância para exercitar-se permite intervenções que retardam a progressão e mantêm qualidade de vida. O manejo adequado combina medicação, fisioterapia e modificações ambientais.
Principais problemas ortopédicos:

• Displasia de quadril e cotovelo;
• Ruptura de ligamento cruzado;
• Luxação de patela;
• Doença do disco intervertebral;
• Osteoartrite degenerativa;
• Osteocondrite dissecante.

Cardiopatias em cães

As doenças cardíacas podem ser congênitas ou adquiridas, afetando cães de todas as idades. Sintomas como tosse noturna, cansaço fácil, respiração ofegante sem motivo aparente e síncope podem indicar problemas cardíacos. O diagnóstico precoce através de exames específicos permite tratamento adequado e melhora significativa na qualidade de vida.

Diabetes e distúrbios endócrinos

O diabetes mellitus canino é uma doença crônica que requer manejo cuidadoso com dieta, exercício e medicação. Sintomas como sede excessiva, aumento da urinação, perda de peso apesar do apetite normal e letargia devem ser investigados. Outros distúrbios endócrinos como hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo também são relativamente comuns e tratáveis quando diagnosticados adequadamente.

Saúde canina por faixa etária

As necessidades de saúde canina evoluem dramaticamente ao longo da vida do animal. Compreender essas mudanças permite ajustar cuidados preventivos e terapêuticos conforme apropriado para cada fase. Um programa de saúde bem estruturado considera não apenas a idade cronológica, mas também o porte e condições individuais do animal.

Cuidados específicos com filhotes

Os primeiros meses de vida são críticos para estabelecer as bases de uma vida saudável. Filhotes nascem com sistema imunológico imaturo, dependendo inicialmente dos anticorpos maternos transmitidos através do colostro. O protocolo vacinal, vermifugação regular, socialização adequada e nutrição específica para crescimento são fundamentais nesta fase.

Manutenção da saúde em cães adultos

Cães adultos saudáveis requerem cuidados preventivos consistentes para manter o estado de saúde ótimo. Consultas veterinárias anuais, manutenção do peso ideal, exercício regular e cuidados dentários previnem a maioria dos problemas de saúde. Esta é a fase ideal para estabelecer rotinas de cuidados que beneficiarão o animal durante toda a vida.

Geriatria canina: cuidados especiais

Cães seniores desenvolvem necessidades especiais que requerem ajustes na rotina de cuidados. Problemas articulares, declínio cognitivo, alterações sensoriais e doenças crônicas são mais comuns nesta fase. O manejo geriátrico adequado pode proporcionar anos adicionais de qualidade de vida com conforto e dignidade.

Primeiros socorros e emergências

Conhecimentos básicos de primeiros socorros podem fazer a diferença entre vida e morte em situações de emergência. Embora nunca substituam o atendimento veterinário profissional, manobras corretas de primeiros socorros podem estabilizar o animal durante o transporte para a clínica veterinária. Todo tutor responsável deve conhecer pelo menos os procedimentos básicos.

Kit de primeiros socorros para cães

Um kit bem equipado deve estar sempre acessível em casa e no carro para situações de emergência. Os itens básicos permitem controlar sangramento, limpar ferimentos, imobilizar fraturas e monitorar sinais vitais. Verifique periodicamente as datas de validade e reponha itens utilizados.
Itens essenciais do kit:

• Termômetro digital;
• Gazes estéreis e ataduras;
• Esparadrapo hipoalergênico;
• Soro fisiológico;
• Luvas descartáveis;
• Manta térmica;
• Focinheira ou improviso com atadura;
• Tesoura sem ponta;
• Lanterna pequena;
• Contatos veterinários de emergência.

Procedimentos básicos de emergência

Situações de emergência requerem ação rápida mas controlada. Mantenha a calma, avalie a situação e priorize a segurança sua e do animal. Nem todas as emergências permitem transporte imediato, então conhecer procedimentos básicos é fundamental.

Intoxicações: como agir rapidamente

Intoxicações requerem ação imediata e conhecimento do agente causador. NUNCA induza vômito sem orientação veterinária, pois algumas substâncias causam mais danos na subida. Mantenha a embalagem do produto para mostrar ao veterinário e anote horário e quantidade aproximada ingerida.
Em casos de ingestão de substâncias corrosivas como produtos de limpeza, ofereça pequenas quantidades de água ou leite para diluir, mas evite volumes grandes que podem causar vômito. Para intoxicações por chocolate, o tempo é crucial – quanto mais rápido o tratamento, melhor o prognóstico. O centro de intoxicações veterinárias pode orientar os primeiros cuidados via telefone.

Traumatismos e ferimentos

Ferimentos externos devem ser limpos com soro fisiológico e protegidos com gaze estéril até avaliação veterinária. Evite produtos caseiros como açúcar, café ou outros “remédios populares” que podem piorar a situação. Em casos de objetos empalados, não tente removê-los – imobilize o objeto e transporte cuidadosamente para atendimento veterinário. Fraturas expostas requerem cobertura estéril e imobilização cuidadosa.

Ambiente seguro e saudável

Criar um ambiente seguro é fundamental para prevenir acidentes e promover o bem-estar canino. A casa deve ser adaptada pensando na segurança do pet, eliminando riscos potenciais e proporcionando conforto adequado. Um ambiente bem planejado reduz significativamente as chances de emergências e contribui para a saúde física e mental do animal.

Adaptação da casa para o pet

A chegada de um novo cachorro exige adaptações na casa para garantir segurança e conforto. Produtos químicos devem ser armazenados em locais inacessíveis, fios elétricos protegidos e objetos pequenos que podem ser engolidos removidos do alcance. Portões de segurança em escadas e telas de proteção em janelas e varandas são essenciais, especialmente para filhotes curiosos.
O espaço do pet deve incluir área de descanso confortável, longe de correntes de ar e com temperatura adequada. Brinquedos seguros e apropriados para a idade ajudam a entreter e exercitar mentalmente o animal. Considere também a criação de uma área específica para alimentação, sempre limpa e em local tranquilo onde o cachorro possa comer sem estresse ou competição.

Produtos de limpeza seguros

A escolha de produtos de limpeza adequados é crucial para manter um ambiente seguro para pets. Muitos desinfetantes comuns contêm substâncias tóxicas que podem causar intoxicações por inalação ou contato. Opte por produtos específicos para casas com animais ou soluções naturais como vinagre branco e bicarbonato de sódio, que são eficazes e seguros.

Plantas tóxicas para evitar

Plantas perigosas para cães:

• Azáleia (pode causar vômitos e problemas cardíacos);
• Lírio (extremamente tóxico, pode causar falência renal);
• Oleandro (todas as partes são venenosas);
• Tulipa e narciso (bulbos são os mais tóxicos);
• Hortênsia (pode causar diarreia e vômitos);
• Comigo-ninguém-pode (irritação severa da boca);
• Mamona (sementes são letais);
• Espirradeira (cardiotóxica);
• Bico-de-papagaio (pode causar dermatite);
• Antúrio (irritação de mucosas).

Muitas plantas ornamentais comuns são tóxicas para cães e podem causar desde irritações leves até intoxicações graves. Antes de adquirir novas plantas, pesquise sobre sua toxicidade e prefira espécies seguras para pets. Se houver suspeita de ingestão de planta tóxica, procure atendimento veterinário imediatamente, levando uma amostra da planta para identificação.

Temperatura e conforto ambiental

O controle da temperatura ambiente é essencial para o conforto e saúde canina. Cães não regulam temperatura corporal tão eficientemente quanto humanos, sendo mais susceptíveis a golpes de calor e hipotermia. Durante o verão, garanta ventilação adequada, sombra e água fresca sempre disponível. Evite exercícios nos horários mais quentes e nunca deixe o animal em carros fechados.
No inverno, providencie aquecimento adequado, especialmente para cães de pelo curto, filhotes e seniores. Camas térmicas, cobertas e roupas específicas podem ser necessárias em regiões mais frias. Mudanças bruscas de temperatura devem ser evitadas, pois podem causar estresse térmico e comprometer o sistema imunológico. Monitore sinais de desconforto como ofegação excessiva, tremores ou prostração, ajustando o ambiente conforme necessário.